quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Você concorda com a participação de clubes dos Estados Unidos na Libertadores?


A bagunça na Conmebol parece não ter mesmo limites.

Como se não bastasse a participação de times mexicanos na Libertadores, agora é a vez da gestora do futebol sul-americano escancarar as portas da principal competição da porção meridional do continente às agremiações do Estados Unidos.

Mas será que a participação dos vizinhos ricos no torneio traria benefícios, seja para os clubes ou para os torcedores?

É nítida a curva de crescimento da MLS nos últimos anos. Que tende a se acentuar após honrosa participação dos rapazes do Tio Sam na última Copa do Mundo e com a chegada ao país de nomes de respeito no cenário futebolístico internacional. Estão por lá, entre outros, o inglês David Beckham, o francês Thierry Henry e o mexicano Rafa Márquez. Fatores que foram suficientes para empurrar a média de público da liga para 16.675 pagantes contra, por exemplo, 8.737 no Brasileirão 2010.

No entanto, apesar de significativos em se tratando de uma Nação que prefere o football ao soccer, tais números passam longe de vislumbrar uma eventual expansão de mercado para São Paulo, Nacional, LDU, Boca ou River. Ir aos Estados Unidos hoje representaria tão somente um enorme custo logístico para quem já sofre com a falta de recursos financeiros.

Além dos eventuais prejuízos aos cofres, há de se pesar, ainda, o impacto de tal possibilidade no aspecto esportivo.

Até 1998, a Libertadores admitia a participação apenas de sul-americanos. Com a abertura aos mexicanos, a competição ganhou em número de participantes e também em confusão. Ficou ali estabelecido que a turma do sombrero não teria garantida a vaga no Mundial, em caso de título. Suponhamos, então, a entrada de dois convidados norte-americanos, em 2012. Nesse caso, das duas uma: ou a Conmebol abre outros dois postos e atropela de vez com o calendário ou, pior, fecha duas vagas para sul-americanos. Já imaginou o G-4 do Brasileirão virando G-2? Chega a dar arrepios.

Mas e você, concorda com a participação de clubes dos Estados Unidos na Libertadores? A possibilidade de ver, ao vivo, craques rumo à aposentadoria vale o sacrifício? Responde aí!

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